Os pescadores da amendoeira
Há uma música que me transporta para um cais numa ilha perdida. A princípio estou sozinha mas logo me vejo cercada de pessoas de todas as idades que não conheço. Aí, ouve-se uma música pouco conhecida do Chico Buarque e alguém anuncia que é dele. A letra conta história de uma cidade submersa e eu descubro que é o Rio de Janeiro.
Depois de ouvi-la repetidamente descubro que o nome dela é Futuros Amantes e ela me enche de esperança porque eu descubro que estou apaixonada.
Nesta hora, o céu e a terra parecem uma coisa só, tipo primeiro andar e segundo meclados e em plena desordem.Mas é bonito de se ver porque os pedacinhos de árvores, mesclam com um trecho da baia da Guanabara perto do quadrado da Urca. Esse caminho é um dos meus lugares eleitos.
Outros dois, o Largo do Boticário e a micro-pracinha ao na ponta do Posto 6. Todo cenário encosta no paredão do Clube dos Marimbás e a amendoeira solitária da pracinha,é outro lugar mágico.
Pescadores são seres diferentes. Meio homem, meio peixe, nunca estão de mau humor. Sempre concentrados com as redes e os barcos envelhecidos vivem assobiando. E com seus calções fora de moda desgastados parecem demonstrar que vida é muito mais simples pra eles. E também exibem sua naturalidade como peixes felizes naquele canteirinho do imenso Oceano Atlântico.
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