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Mostrando postagens de maio, 2021

… saber que o tempo é Hoje

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  "Nunca foi tão bom envelhecer. Isso pode parecer uma afirmação curiosa, depois do inventário de gerontofobia, preconceito e discriminação que descrevemos nas páginas anteriores. Mas nunca houve uma época melhor para contestar as narrativas de declínio e resistência ao envelhecimento e para buscar outras pessoas no crescente movimento de aceitação do envelhecimento — aqueles que são a favor da idade. É claro que as condições que tornam o envelhecimento difícil nas sociedades modernas precisam de ação social e política coletiva, mas existem campanhas sobre tudo, desde educação continuada até provisão de banheiros públicos. E existem tantas outras que precisam ser iniciadas ou fortalecidas — apoio, treinamento e salário decente para quem trabalha, por exemplo. Ou o direito de as pessoas mais velhas permanecerem vivas: tanto quanto os mais jovens, os mais velhos precisam tocar e ser tocados; experimentar comida boa; alongar-se, movimentar-se e dançar.   Talvez devamos renovar os cur

… um dia, lagarta; outro, borboleta

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Escrevi esse tema em dois momentos. O momento lagarta pré- borboleta parecia algo imutável. Passados alguns anos e experiências, penso que há dias lindos de borboleta e dias difíceis de lagarta. Por isso, estou publicando os dois momentos num só, que sou eu mesma.  Dias de expectativa, pré borboleta... Envelhecimento Ativo é ter novas experiências. E observá-las. Imagino que inicialmente, o fato de envelhecer é ainda a fase Casulo da borboleta. indefinido e feio. O momento Borboleta do envelhecer é algo constatável. A alma encontrou uma outra morada que não é mais lugar intermediário, entre a juventude e a maturidade. Algo foi absolutamente definido como diferenciado. A alma encontrou a morada Envelhecer. Nesse momento, a posso me sentir traída Fui despachada, sem consulta, para um país desconhecido, de cultura esquisita, de língua estrangeira. E sentir solidão. O ser humano nasce adaptável, do contrário a própria gravidez seria só um fardo. E não é. Quando o bebê deixa o corpo da mãe

…pensar em reinventar-se

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  Da mesma forma que o anticoncepcional, a liberação feminina e o Viagra deixaram suas marcas e impactos no século XX, o aumento nos índices de longevidade está se tornando um dos grandes desafios para este novo século. Por essa razão o livro de Anne Karpf (foto, numa palestra) , socióloga, jornalista e escritora inglesa, “Como envelhecer”, representa uma contribuição importante para o processo de análise e reflexão sobre o fenômeno. Especialmente, porque não se enquadra na categoria da autoajuda, com receitas mágicas. Bem ao contrário, é provocativo, na medida em que gera desconforto, incomoda, com dados e interpretações que induzem a conscientização do leitor. Segundo Anne, “as pessoas que envelhecem melhor são aquelas que viajam carregando menos coisas, que são capazes de se livrar de ideias fixas às quais se apegaram em uma etapa da vida, quando veem que não são mais adequadas”. Ou seja, ela alerta para a importância de se reinventar várias vezes ao longo da vida. É uma “cutucada”