Da mesma forma que o anticoncepcional, a liberação feminina e o Viagra deixaram suas marcas e impactos no século XX, o aumento nos índices de longevidade está se tornando um dos grandes desafios para este novo século. Por essa razão o livro de Anne Karpf (foto, numa palestra) , socióloga, jornalista e escritora inglesa, “Como envelhecer”, representa uma contribuição importante para o processo de análise e reflexão sobre o fenômeno. Especialmente, porque não se enquadra na categoria da autoajuda, com receitas mágicas. Bem ao contrário, é provocativo, na medida em que gera desconforto, incomoda, com dados e interpretações que induzem a conscientização do leitor. Segundo Anne, “as pessoas que envelhecem melhor são aquelas que viajam carregando menos coisas, que são capazes de se livrar de ideias fixas às quais se apegaram em uma etapa da vida, quando veem que não são mais adequadas”. Ou seja, ela alerta para a importância de se reinventar várias vezes ao longo da vida. É uma “cutucada”